sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Tintim, Octagenário

Foi com as edições brasileiras da Editora Record que conheci quase todas as aventuras de Tintim. A abertura de cada um dos 23 álbuns dava conta de que era banda-desenhada destinada a jovens dos 7 aos 77 anos. Bem, qualquer coisa tem que ser revista porque o próprio Tintim vai amanhã soprar 80 velas, e continua a encantar gerações de leitores por todo o mundo.
Creio que já se disse tudo sobre o jovem repórter belga que um dia Georges Remy - aliás Hergé - criou para o periódico Vingtième. Foi uma longa viagem até ao inacabado àlbum L'Alph Art que colaboradores do falecido Hergé acabaram por concluir em versão não colorida. Pelo meio ficaram viagens e aventuras extraordinárias por que Tintim e os seus companheiros passaram, nos cinco continentes, nas profundezas dos mares e até na Lua.

Gosto de imaginar que ao fim de tantas aventuras e contratempos ultrapassados, todos eles vivem sossegadamente um repouso merecido no recato de Moulinsart, onde se preparam para a celebração dos oitenta anos.

Os aficionados mais jovens talvez não saibam que antes da edição pela Verbo, já o antigo periódico juvenil O Cavaleiro Andante, várias décadas atrás, tinha publicado várias das histórias. Ali se encontravam não Haddock, Tournesol , Milú e a dupla Dupont / Dupond (assim mesmo, com T de Teódulo e D de Demóstenes); mas sim o Capitão Rosa, o Pintadinho, o Ronrom e a dupla Zig e Zag. Quanto a Tintim, é sempre o mesmo, do Alasca à Nova Zelândia, em 2009 como em 1929.
O aniversário tende a ser prolongado com a adaptação cinematográfica que se mantém debaixo de grande segredo, encabeçada por Steven Spielberg, Peter Jackson e o jovem actor Thomas Sangster. Vale a pena recordar que o século passado viu quatro longas-metragens com Tintim como protagonista. Le Temple du Soleil e Le Lac des Requins (que tive a sorte de vêr em projecção no "meu" saudoso Cinema Alvalade) são animações disponíveis no mercado com mais ou menos dificuldade. Sobre Le Mystère des Oranges Bleues e Le Toison d'Or, duas histórias originais com actores de carne e osso, desconheço edição videográfica.

Faço votos para que Spielberg e companhia excedam o que foi conseguido por estas duas últimas. Sim, porque Tintim é Tintim, e em extremo caso, não deve passar da animação.

Parabéns Tintim!

Sem comentários: